sábado, 7 de agosto de 2010

Exercício de escrita


A idéia que formei sobre a criatividade e sobre o processo criativo propriamente dito sempre me pareceu tão convincente que nunca tive grandes crises quanto às minhas pretensões literárias.
Escrevo porque e quando sinto que isso me será agradável, por quaisquer que sejam as razões. Mas, principalmente, escrevo quando sinto vontade (quase necessidade); pois quando há vontade de criar algo tudo pode se tornar interessante o bastante para se refletir, elaborar e escrever.
Geralmente esse anseio vem quando estou ou muito introspectiva ou muito atenta ao mundo exterior, ou ainda quando estou introspectiva E atenta ao mundo aqui fora de mim – uma raríssima conjunção de estados mentais, eu confesso...
Em todos os outros instantes, por mais que eu veja, ouça ou pense em algo super instigante, se não estou num writing-state não adianta, empaca, não consigo!, fica grotesco, indecifrável.
Entendam, não é só o tema, o porquê, o para quê; é o gosto e o gozo pelas palavras que vão vindo quase miticamente e aparecendo diante dos seus olhos, corpos belos, precisos para aquilo que você quer dizer do jeito que você quer dizer!
Você pode dizer que, no fundo no fundo eu só sou uma preguiçosa mesmo, uma acomodada que não se dá ao trabalho de buscar inspiração, entretanto não creio que isso seja um ponto relevante, afinal as minhas ditas pretensões não almejam nenhum reconhecimento além de uma esfera íntima, na maioria das vezes nem chegando a cruzar a fronteira Universo.Isapandora/Everything.Else.
Enfim, qual o sentido em me entediar forçando palavras que, para mim, apenas devem ser pelo prazer em ser?
Obviamente esse post começou como um desempacante qualquer para um blog esquecido dos deuses! Mas ainda assim feels great!, pegar no ar coisas sem nada com nada, e ver no que dá...